quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Objectivos e objectivos

Chego à conclusão que na minha escola, e depois de duas reuniões gerais em que mais de 80% dos professores votaram pela suspensão da avaliação, serei agora, provavelmente, a única dos contratados que não entregarei amanhã os tais dos Objectivos Individuais.
Tal como a maioria dos professores que todos os anos recebe turmas novas, níveis novos e até disiciplinas novas e, de acordo com isso, planifica e prepara as actividades lectivas que desempenhará ao longo do ano, tenho os meus objectivos definidos. Feitos. Só optei por não os entregar.
Não sou louca, não sou heroína. Simplesmente tenho de viver com as minhas decisões e fazer uma coisa com a qual sou absolutamente contra só porque todos os outros a farão com receio das consequências é algo que não consigo fazer.
Quero que o meu trabalho seja avaliado de dois em dois anos de modo justo e sério. Quero uma avaliação formativa, uma avaliação que me ajude a tornar melhor e não uma medida economicista independente da qualidade do trabalho dos professores. Preparar os meus alunos para o seu futuro é a minha função, o meu objectivo, o meu trabalho. É isso que quero continuar a fazer (se me deixarem) e é nisso que quero continuar a investir o meu tempo e não no acto de realizar mil e uma fichas para engrossar paralelamente um portfólio que os alunos até poderão nunca ver e enfeitar as estatísticas do Ministério da Educação.
Sim, tenho os objectivos feitos, no meu dossier.
Sim, vou entregar a minha Auto-avaliação final.
Sim, quero continuar a trabalhar.
Não, não vou entregar os Objectivos Individuais.
Não, não sei o que me vai acontecer.
Tenho dois filhos aos quais gostaria de transmitir lições importantes.
O medo não me move. O dinheiro não me move.
O futuro a Deus pertence.

1 Sementes:

Mariana 10:38 da manhã  

Admiro a tua coragem, a tua determinação. E vais ver que vai correr tudo bem *

Beijo grande *

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