quarta-feira, 29 de abril de 2009

Quem diz na matemática...

... diz, infelizmente, no resto das disciplinas...

Para quem não está bem por dentro da escola nos dias de hoje eu garanto-vos que já chegámos a este estado...

1. Ensino da matemática em 1950:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda ou 80,00.
Demonstra qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )20,00 ( )40,00 ( )60,00 ( )80,00 ( )100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por 100,00.
O custo de produção desse carro de lenha é 80,00. O lucro é de 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2008:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por 100,00.
O custo de produção é 80,00.
Se você souber ler coloque um X no 20,00.
( )20,00 ( )40,00 ( )60,00 ( )80,00 ( )100,00


Não se adiantam hipóteses para datas a partir de 2008. Sabem lá os miúdos sequer o que é um cortador de lenha quanto mais o resto.
Há uns tempos eu queixava-me a um colega de matemática, com quem partilho as turmas de 7º ano, que passei uma aula a tentar que os miúdos traçassem geometricamente a divisão da circunferência em 3, 4, 6 e 8 partes e eles não sabiam sequer pegar no compasso, na régua, fazer uma linha direita, um traçado diferenciado ou, chamar 'as coisas' pelo nome. Palavras como circunferência (bolas), raio (bocados), diâmetro (riscas), tangentes (a cena encostada), secantes (a pelo meio), hexágono (o coiso de 6) são-lhes completamente desconhecidas. Então quando peço para diferenciarem círculos de semi-círculos, de sectores circulares, segmentos circulares, zona circulares ou coroas circulares parece que falo chinês ou que acabei de chegar de outro planeta. Ele aconselhou-me a não exasperar... é que quando ele devia ter começado as equações perdeu uma aula de 90 minutos com a tabuada do 3.
Há excepções, felizmente. Cada vez menos, infelizmente.

Para quem tiver paciência eu aconselho vivamente a leitura desta crónica do escritor João Aguiar, publicada na revista Super Interessante. Muito real. Infelizmente.

Smile


É que, na profissão que tenho e nos dias que correm, parece-me que os que ainda sorriem são os únicos que conservam alguma sanidade mental. Ou não, ou não...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sabias que já só há 1600 Pandas no Mundo?

Eu não calculava que fossem tão poucos...
A WWF continua a fazer campanhas de alerta para a tomada de consciência da extinção dos Pandas. Segundo este organismo uma espécie em cada mil desaparece todos os anos e desta, já só existem 1600 animais vivos. Tão pouco que resolveram realizar 1600 mini cópias destes simpáticos ursos, em papel maché e outros materiais reciclados e expô-los em lugares visíveis de modo a que as pessoas se apercebam que é mais uma espécie que "se está a ir" graças à fantástica intervenção humana.
Depois de Paris (Out 2008) e de Bourdeaux (Set 2008) é agora Lyon que os recebe (dans la Place de Terreaux, je crois...)




O Fabrico Manual dos 1600 Pandas:

1600 pandas à Paris
by WWF_France

domingo, 19 de abril de 2009

Bolo de Laranja na MFP

Hoje continuava-me a apetecer calor e cor-de-laranja. Depois do almoço levei os miúdos a apanhar sol no Seixal mas não chegou. Voltámos para casa e enfiámos um Bolo de Laranja na Máquina de Fazer Pão... O chato agora é ter de esperar uma hora e 40 até estar pronto!
Andámos à procura de receitas por aqui porque, regra geral, os nossos pães na MFP ficam sempre enormes, lindos e gostosos e os bolos (pelo menos os que experimentámos até hoje) ficam sempre uma desgraça. Se este ficar alguma coisa que se apresente, depois pomos cá uma fotografia.

Enfiam-se os seguintes ingredientes na MFP por esta ordem:
* 4 ovos (previamente batidos com um garfo)
* 200 g de Margarina (previamente amolecida)
* 1 pitada de Sal
* 150 g de Açúcar
* 250 g de Farinha
* 1 colher de sobremesa de Fermento em Pó (usámos o fermento do pão)
* Raspa de Laranja a gosto
Escolher o programa Bolos. Quando terminar de cozer deve-se desenformar o bolo e deixar arrefecer. Pode fazer-se uma calda com o sumo da laranja e uma colherada de açúcar (aquecidos para incorporar melhor). Deitar a calda por cima do bolo e no depois de frio polvilhar com açúcar em pó.
Será que ficaremos laranja que chegue?

Update:

Não ficou nada de jeito. O sabor não era mau e regado com o sumo de uma laranja ficou ainda melhor (tanto que quando me lembrei de o fotografar já ia a meio) mas, cá em casa, estamos habituados a bolos (e a pães) com o dobro da altura. De facto não nos compensa fazer bolos na MFP. O tempo de espera é grande para um resultado tão pequeno. Foi mesmo só pela preguiça de ir sujar duas taças, ir buscar a batedeira e untar a forma. Só mesmo com os folares é que nos temos saído bem.

Não digo que não se repita esta (ou que experimente outra) receita na MFP mas soube-nos a pouco. O tamanho fez-nos quase lembrar aqueles bolos de compra, embalados, que se vendem por aí e, para esses, nós olhamos com uns olhos muito duvidosos...

sábado, 18 de abril de 2009

Hoje apetecia-me o Verão...

Apetecia-me sol.
Apetecia-me calor.
Apetecia-me cores.
Apetecia-me quente.
Apetecia-me uma brisa morna na cara.
Apetecia-me andar descalça na areia quente da praia.

Na ausência das anteriores... fiz caril de frango e manga para o almoço com arroz basmati.
Tem tudo a ver! lol
Os miúdos adoraram e pediram mais.
Eu sou fã destes 'sabores' e eles adoram estas experiências. Amanhã será a vez de Caril de Lulas.
Acho que nos vamos mudar para a Índia.
:)

Projectos e brincadeiras, brincadeiras e projectos...

Em miúda havia uns quantos jogos que eu simplesmente adorava.
Na primária lembro-me de saltar à Macaca, ao Eixo, de brincar à Linda Falua, ao Macaquinho do Chinês, ao Lencinho da Botica. Ainda me lembro das cantiguinhas que entoávamos nestes três últimos!
Lembro-me daqueles jogos duas-a-duas com palmas e toques de mãos (sem ser o da Sardinha) e lembro-me de Saltar à corda.
O quanto eu saltei à corda! Lembro-me até de, já no 4º ano, atarmos duas longas cordas, ao fim da tarde, no final das aulas e fazermos longas maratonas de uns dez ou mais miúdos a saltar (rapazes e raparigas). Ou até de jogarmos com duas cordas a girar em direcções contrárias!

No 4º ano já eramos meninos grandes e lembro-me de jogar à Barra do Lenço. Quando havia "Fogo!" era uma bela barbúrdia.

Também me lembro de jogar ao Mata e ao Elástico. Este dois duraram mais tempo e 'entraram' pelo 2º ciclo adentro enquanto os rapazes, cuja companhia nos era perfeitamente dispensável, 'perdiam' o seu tempo a jogar futebol ou a engalfinharem-se no Jogo ao Alho...
O elástico foi um entre tantos dos jogos que desapareceram nos dias de hoje. É um dos que tenho tentato 'reavivar'. No ano passado, a minha M. já era grandinha suficiente para conseguir coordenar os saltos, as pisadelas e as enroladelas e eu arranjei um elástico! O que a Senhora da Retrosaria se riu quando lhe expliquei para que queria um elástico preto tão comprido! Também ela, ainda mais velha que eu, se lembrava desse jogo. Começávamos no tornozelo e íamos subindo: atrás dos joelhos, debaixo do rabo, na cintura, debaixo dos braços, pescoço e braços esticados, 'lá em cima'. Primeiro com uma só perna, depois com duas. Pernas fechadas, pernas abertas... Chegar ao topo exigia muita ginástica! E as horas que perdíamos naquilo!
Este ano vamos dar-lhe mais uso. Ela e a amiguinha com quem habitualmente nos juntamos já estão maiorzinhas e, quando não há companhia recorre-se, tal como eu já fazia, às pernas de uma cadeira.

Como tenho um irmão rapaz eu também jogava a outros dois jogos que lhes estavam mais ou menos reservados. Com ele jogava ao Berlinde, com 3 covas (onde quer que houvesse terra ou areia) e fazíamos pistas na praia, com rampas e curvas, para jogarmos à Carica.
Na praia também não dispensávamos o Jogo do Prego. Alguém se lembra deste? (também havia quem lhe chamasse o Mundo ou a Conquista do Mundo, não me lembro bem)
O meu pai arranjava-nos um Sr. Prego! Um cavilhão com, à vontade, uns 20cm de altura, e nós desenhávamos um círcula na areia e lá fazíamos uns malabarismos especiais de modo a que o prego desse umas certas voltas mas que caísse sempre com a ponta enterrada... Íamos juntando os pontos e conquistávamos terreno. Esse e as Bolas eram os jogos da praia e dos picnics no campo.

Lembrei-me disto tudo agora porque há um fim de semana atrás, em casa de uns amigos, depois de desembrulhar uma prenda que tinha um cordel, passei o serão a jogar ao Pé de Galo, enrolando nas mãos, fazendo figuras e passando de uns para os outros até conseguirmos chegar àquela figura em que ninguém sabe como prosseguir.

A conversar sobre estes jogos e brincadeiras (como estamos a ficar entradotes!) lembrei-me de um outro jogo mas não me lembro nem quando comecei a brincar a ele nem quando o larguei.
Nós chamavamos-lhe o Jogo dos Saquinhos mas era, na realidade a adaptação de um jogo tradicional (se calhar até de origem portuguesa) chamado o Jogo da 5 Pedrinhas.
Em vez de pedras nós jogávamos com uns saquinhos pequenitos, de pano. Umas almofadinhas quadradas ou rectangulares que tinham, no máximo uns 4 cm de lado e que nós enchíamos com arroz ou com areia da praia. Muitas vezes todas igualinhas, muitas vezes feitas com restos de tecido, todas diferentes umas das outras conforme a criatividade das nossas mães.

O jogo consistia em mandar ao ar os saquinhos e ficar com um em cima das costas da mão. Nova ida ao ar e o saquito ficava na conchinha da mão. Depois, de cada vez que atiramos aquele saquinho ao ar, temos de ir apanhando os outros. Primeiro um-a-um, depois dois-a-dois, depois um primeiro e três de seguida e depois todos. Após estas apanhadelas vinham as 'construções'. Esta secção já não fazia parte do jogo tradicional mas eu sempre joguei assim e não sei quem a inventou e quando. Começávamos por pôr a mão 'livre' apoiada em cima duma superfície, assim como se estivessemos a fingir que cortamos qualquer coisa com um machado. Àquela 'figura' chamávamos o muro. Toca novamente de passar os saquitos de um lado da mão para o outro, enquanto um dos sacos é jogado ao ar. Depois dois-a-dois, depois 3 e 1, depois todos. Podiam ir dando-se uns toques para os juntar, sempre mandando um ao ar. Não se podia era deixar cair esse.
A seguir ao muro, vinha a ponte (dedo indicador e polegar apoiados na superfície para fazer um arco) e toca de passar os saquitos lá por baixo.
Depois vinha a prateleira. Mão livre, com a palma virada para cima, encostada à barriga ou ao peito (que na altura não era nenhum) e toca de conseguir pôr os saquinhos 'cá em cima' enquanto o 5º ia ao ar.
Em matéria de construções, a minha memória fica-se por aqui... Quando perdíamos (não apanhando o saquito que 'ia ao ar') mudava-se de jogadora e voltava-se ao princípio.
O que dá falar nestas coisas é que os meus miúdos, curiosos como são, querem experimentar tudo e agora, além do jogar ao Pé de Galo com o M. tenho de fazer 5 saquinhos de pano para ensinar a M.
Já tenho os tecidos. Fiquei com uns restinhos que umas alunas deitaram fora (obrigada Joana! lol) depois de terem acabado um Módulo de Expressão Plástica em que usaram desperdícios. Agora tenho de deitar mãos ao trabalho. Os tecidos são muito engraçados por serem todos diferentes. Parecem tecidos para fazer camisas. Só espero que a máquina de costura ainda funcione. Arroz ou areia da praia para os encher também não escasseia por aqui por isso só falta mesmo deitar mãos ao trabalho!

Quando estiverem prontinhos eu mostro os resultados!
:)

Foto de Ferreira da Cunha (1901-1970), no Arquivo Fotográfico da C.M.L.


Agora imagine-se, com a febre de segurança que por aí vai, o que seria pormos os miúdos de hoje a brincar com pregos, cordéis que se enrolam à volta das mãos, elásticos ao pescoço e pedras!
Eu devo ser uma Mãe muito má!
Que pena! Tantas horas de divertimento que se perderam...

O destino é agora...

O T. voltou à escola. Depois da ausência imposta e que calhou encostada à interrupção lectiva da Páscoa, o T. voltou para de imediato imergir numa série de provas de recuperação consequência directa das faltas.
Fez a primeira comigo. Logo na 1ª semana de aulas. Todos os professores resolveram deixar para a 2ª semana de aulas mas eu achei que era prova junta a mais e tratei logo do assunto com ele.
No mesmo dia eu tinha 4 provas para aplicar na turma, tudo devido a faltas (é uma turma que me 'deu' 42 faltas a marcar ao longo do 2º período, em 22 aulas). Só fiz duas provas. Uma aluna faltou justificadamente e outra 'não lhe apeteceu' comparecer. Essa vai 'custar-me' uma reunião extra para a reter por faltar a uma Prova de Recuperação sem justificação. A ela vai custar-lhe uma retenção garantida mas com frequência obrigatória das aulas até ao final do ano porque está dentro da escolaridade obrigatória. Coisa agradável... ter de comparecer a mais dois meses e meio de aulas sabendo de antemão que não vai passar de ano. Decisões inteligentes...
O T. não, ele veio e ficou Aprovado. Fiquei contente. Gosto deste miúdo.
O ano está mais que comprometido para ele. Com 10 negativas não vai a lado nenhum mas temos uma combinação os dois. Ele veste-se de preto mas eu sou a ovelha negra dele. Na minha aula, ele trabalha e é provável que até tenha positiva do 3º período. Deve ser a única mas é um objectivo para este ano. Pode ser que ele ganhe alguma motivação que ajude o ano que vem a ser melhor.
Ele tem ainda uma série de provas para realizar nas outras disciplinas. Espero que compareça a todas já que, mesmo que não seja aprovado a alguma, isso vai evitar-lhe um destino ainda mais marginal do que o que sobrevive todos os dias (e a nós, relatórios para a CPCJ)

3º Período

Começou na 3ª e terá durações várias!
Para o meu 11º Profissional as aulas acabarão no fim de Maio pois elas terão já a primeira parte de um estágio de 420 horas. Cada uma será integrada numa instituição e eu acompanharei só 5.
É o que mais me custa. O serem tão poucas.
São 'as minhas meninas' e não posso ter todas debaixo d' olho. Acho que vou passar o período de 1 de Junho a 15 de Julho no messenger numas conversas sobre os respectivos Relatórios de Desempenho da Formação em Contexto de Trabalho porque só vou estar mais perto de apenas 5 e quero que TODAS tenham boas notas.
O Profissional é 'dado' por horas e não por datas como o resto do ensino básico e secundário. Como ao 10º cabem-me dar 157 horas terei essas outras 20 alunas até meio de Junho.
Os 5ºs e 7ºs anos, esses ficarão comigo até dia 19 de Junho, dia oficial do encerramento das actividades lectivas nacionais.
Depois virão as reuniões de 2º e 3º ciclos e os exames nacionais. Entre 15 e 30 de Julho farei as reuniões finais dos estágios com as pessoas que acompanharam as 'minhas' 5 alunas dentro das instituições, as avaliações dos relatórios e portfolios delas e, por fim, as reuniões do profissional de 11º onde terei de 'defender' a nota de estágio que eu propuser ao Conselho de Turma.
Dia 31 de Julho entrarei de férias. Finalmente...
Que pena este ano o 15 de Agosto 'calhar' a um sábado e 'perdermos' esse dia extra de férias...
Está quase feito, o 3º período!
:P

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!

41 segundos!
41 segundos foi o que me atrasei ontem a entregar o Irs!
41 segundos que me vão fazer pagar uma multa de quê? (nem sei) 25 euros?!
Com as reuniões na escola e a semana da Páscoa a tratar da casa e das aulas para o 3º período lembrei-me lá eu que tinha o prazo de entrega do IRS a terminar!
Ontem de manhã, a caminho da escola ligo o rádio do carro para receber esta linda notícia: Tcharam! Era o último dia...
Dia feito, miúdos na cama, cozinha arrumada, papéis organizados por montinhos e lá pego eu no computador para tratar daquilo.
Uma corrida contra o tempo!
Tudo correu bem na folha inicial, a da identificação e no anexo A. Os nossos dados, rendimentos, despesas de educação, de saúde. Tudo certinho. Passamos ao anexo H...
Começa a confusão... Sabia lá eu o NIPC* do Banco onde tenho o empréstimo da casa!
Sabia lá eu o NIPC da companhia de seguros onde tenho o seguro do carro!
O NIPC do Cofre de Previdência dos funcionários Agregados ao Estado?!
O NIPC da ADSE?!
SABIA LÁ EU SEQUER QUE A ADSE TINHA NIPC!
Isto agora é cultura geral, é?! Caça aos números de tamanho 2 que aparecem nos extractos?
E depois destes nipeces todos ainda me obrigam a voltar atrás; à secção da habitação para identificar freguesia, Tipo, Artigo, Fracção e sei lá que mais! Mas desde quando é que deixámos de falar português nas Finanças?!
E desde quando é que preencher os impressos do IRS passou a ser um jogo de perguntas armadilhadas?!
Acho que perdi mais tempo à procura destas informações secundárias do que a preencher efectivamente a parte que me dizia respeito!
Corri contra o tempo e perdi...
A minha declaração lá entrou, finalmente, transpirada de tanto número e pesquisa intensiva; às 0 horas, 0 minutos e 41 segundos... Dia 16, portanto.
MULTA!
*NIPC-Número de Identificação (Fiscal) de Pessoa Colectiva

Visitas que não se vão...


Descobri há uns três dias que tenho uma lesma a viver na cozinha... Que noooooooooooooojo!
"Alguém" deixou a porta das traseiras semi-aberta e eis senão quando, uma bela manhã, dou com um mini rasto brilhante por cima dum tapete, em direcção à parte de trás do frigorífico.
É o drama, o horror, a tragédia! (exclamo eu qual Albarran no programa Imagens Reais).
Estou danada porque passei precisamente a semana da Páscoa a fazer limpezas grandes na cozinha. Foi para quê? Para receber este visitante indesejado?! Arrrrrrrrrg!
Na impossibilidade de arredar 3 máquinas seguidas (a da loiça, da roupa e o frigorífico) ando na esperança de surpreender este 'querido' molusco nas suas aventuras nocturnas (eles só saem de noite) mas não tenho tido muita sorte. e a minha casa agora até parece um sítio com gadjets esquisitos! lol
Anteontem deixei um prato com cascas de maçã no chão, encostado ao frigorífico a ver se, de manhã, ela estaria colada a elas. Não tem nariz, esta lesma, não?!
Hoje acho que vou deixar dois 'cubos' de abóbora fresquinha a ver se ela tem preferência por legumes... Se não funcionar vou mesmo ter de pôr o despertador para as 3, 4 ou 5 da manhã e vir acender a luz da cozinha de repente na esperança de a conseguir surpreender!
Só dou graças por a parede do frigorífico ficar longe dos armários da loiça ou já me estava a fazer uma de duas coisas... ou a lavar a loiça toda, todos os dias ou a fazer 'um carreirinho' de sal à volta dos armários...
Pensando bem acho é que vou comprar um lagarto. Ou isso ou virar a vassoura de pernas para o ar. Acho que era isso que a minha bisavó fazia quando queria que alguém se fosse embora...
HELP!

As lesmas são moluscos considerados parecidos, externamente, com os caracóis e caramujos, mas não possuem a concha típica desses últimos. São encontradas principalmente em épocas chuvosas tornando-se, às vezes, verdadeiras pragas, atacando hortas, jardins, plantações, etc. As grandes lesmas têm um pequeno número de animais de terrários, aquários, etc., que as consomem, por exemplo, algumas cobras terrestres e algumas grandes tartarugas. As lesmas pequenas como a Agriolimax agrestis, por exemplo, são apreciadas por um grande número de animais como rãs, sapos, tartarugas, salamandras e pequenos lagartos, além de até mesmo certos vermes de movimentos lentos. Essas lesmas pequenas podem ser encontradas em grande quantidade em pequenos lagos, tanques, açudes, valetas, etc., principalmente em períodos chuvosos. Sua coleta deve ser feita, de preferência, à noite.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Abril, águas mil...


... ó saxafôr aí em cima.
Feche-me lá as torneiras que isto aqui é uma casa grande e eu tenho resmas de roupa para secar ao sol!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

As Mulheres na História da Arte



Gosto muito deste vídeo.
Há passagens de uns quadros para os outros que são fantásticas. Dá-me vontade de andar a 'fazer pausas', isolar e identificar cada um...
Vale a pena perder estes dois minutos e 48 segundos para o ver todo.
:)

sábado, 11 de abril de 2009

Tem dias...

... em que a minha casa não tem fimmmmmmmmmmm.
E o pior mesmo é que parece que nunca está suficientemente limpa e arrumada...
[suspiro].
Tem dias em que me apetecia mudar para uma casa nova só com 'um de tudo'.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

À procura do folar perfeito...

As Páscoas pedem folares...
E eu que adoro bolos fintos! Assim tipo o bolo rei mas sem as frutas, estão a ver a ideia?
A receita que tenho de folar não é uma, são duas. Uma é uma receita tradicional dum folar delicioso que se faz na Roda de Cardigos, do concelho de Mação e a outra, bem a outra é uma espécie de Panetone que nós fazemos no Natal (e do qual eu já falei em 2006) e que é de comer e chorar por mais.

Bem, esta Páscoa eu queria uma receita mais fácil de fazer, uma que, sobretudo, não levasse tanto tempo a levedar. Procurei, procurei e dei com uma no blog Pão, Bolos e Cia. que me encheu o olho. Especialmente porque se batia e leveda na Máquina de Fazer Pão, em apenas uma hora e 50 o que facilita imenso essa primeira parte.

Quando experimento uma receita nova tenho por hábito fazê-la exactamente 'como me mandam' para ver o resultado e só nas vezes seguinte é que introduzo alterações. No entanto, quando fiz esta pela primeira vez retirei logo a erva-doce à receita original com receio que os miúdos não lhe achassem muita piada. Também não a fiz com os típicos ovos em cima pois não acho graça e, cá em casa, somos muito pouco voltados para as proteínas animais (já chegava o ovo que 'ia lá dentro'). Também utilizei farinha Branca de Neve em vez da farinha T65 sem fermento que indicava a receita se bem que tenha acrescentado, na mesma, o fermento seco que a receita indicava.
Aconselho. Experimentei e gostei. Deu um folar grande de quase 1 kilo e 200. Os miúdos acharam pouco doce mas mesmo assim comeram-na toda entre lanches e pequenos-almoços.
Amanhã vou estar com os meus dois afilhados de baptismo e em vez de amêndoas vou levar-lhes um Folar como manda(va) a tradição. Achei que era uma ideia com piada, um folar feito pela madrinha em vez dumas quaisquer amêndoas-como-manda-a-praxe compradas à pressa num qualquer-hipermeracado-perto-de-si mas introduzi mais alterações.
Como não é cá para casa fiz a receita um pouco mais doce (acrescentei 50 gr de açúcar), pus dois ovos em vez de apenas 1 e adicionei raspa de limão. Ainda anda ali às voltas na MPF e já cheira bem. Depois logo vos digo como saiu. :)

Deixo-vos aqui a receita e a fotografia originais:



FOLAR DE PÁSCOA

INGREDIENTES
Para a massa:
250ml de leite morno
2 colheres (chá) de fermento biológico seco
1 ovo
110g de açúcar
570g de farinha T65
1 colher (café) de erva-doce em pó
1 colher (café) de canela em pó
100g de manteiga ou margarina amolecida
Para decorar:
ovos cozidos em casca de cebola1 ovo (para pincelar)
PREPARAÇÃO
1. Cozer os ovos em água com cascas castanhas e secas de cebola e sal. Escorrer e reservar.
2. Na cuba da MFP, juntar os ingredientes pela ordem mencionada. Seleccionar o programa "Massa" e deixar prosseguir até ao fim. A massa no início parece pegajosa, mas com o amassar irá ficar macia, elástica e desprende-se.
3. Retirar a massa e separar desta um pedaço equivalente a uma tangerina, para a decoração.
4. Na pedra enfarinhada moldar uma bola com a massa do folar, enrolando os lados para baixo e para dentro, tornando a superfície lisa.
5. Enfarinhar um tabuleiro forrado com papel vegetal ou tapete de silicone e moldar o folar. Com a mão fazer no centro as covas para os ovos. Colocar os ovos fazendo pressão para que se enterrem. Dividir a massa, que foi separada para decoração, em número igual ao dos ovos usados e fazer rolinhos em cada porção. Dividir cada rolo a meio e fazer uma cruz em cima de cada ovo. Com o dedo empurrar as extremidades dos rolos, como se estivéssemos a fazer um furo na massa. Pincelar com o ovo batido e deixar descansar 15min. enquanto o forno aquece.
6. Levar ao forno pré-aquecido, a 180ºC durante 30-35min. Retirar e deixar arrefecer numa rede.

Boa Páscoa!

Mãããe!

Dá-me lá a tua receita!
Eu queria que as coisas fossem assim tão fáceis!



sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ter amigos...


...é ter alguém que se lembra de nós quando vê um dos docinhos que nós gostamos num outro blog qualquer e que ainda por cima nos manda um mail com a receita dele.
Obrigada, A.. Vou experimentar (talvez sem o chocolate branco) embora saiba de antemão que não me saberá tão bem como os que são comidos na tua companhia (embora esses possam até ser 'pré-fabricados').
;)
Panna Cotta é um simples creme italiano, originalmente da região do Piemonte. A sua tradução quer dizer literalmente, "nata cozida". Hoje em dia já não será correcto utilizar este termo, porque a nata já não é cozida. Na base da receita original eram utilizados ovos, (que hoje em dia foram substituídos por gelatina) como agente espessante, dai a necessidade de efectuar a cozedura das natas com os ovos.Até meio do século passado, esta era uma receita praticamente desconhecida, apenas se tornando popular na segunda metade do século XX. Historicamente a Panna Cotta era comida simples ou adoçada com frutas ou avelãs. Hoje em dia pode ser servido com amoras silvestres, caramelo, calda de chocolate, Coulis de frutas, etc. Semelhantes versões deste prato também podem ser encontrados na Grécia e na França.

A Palhaçada

Em duas reuniões de Conselho de turma de avaliação de final de período assisti a uma das palhaças da minha carreira. [Ok, vão ter de me desculpar, eu este ano não tenho CEFs. Tinha-me esquecido que há coisas piores a acontecer nos CEFs].

Este período dei notas a Ciências! Podem crer, é isso mesmo! A Ciências! Eu e todo o Conselho de Turma vimo-nos, de repente, confrontados com esta situação surreal e pumba, toca de dar notas a Ciências!

Eu explico: A respectiva Professora titular reformou-se no final do 1º período. Esteve que tempos para ser substituída (será que foi requisitada com a brevidade que devia?). O colega que veio primeiro não aceitou o horário, e toca de levar outro tanto tempo para ser substituído até vir um segundo.

A colega que veio já não foi contratada através das Colocações Cíclicas pois estas já tinham acabado. É feita a divulgação da vaga por preencher e vem alguém para ser colocado no que chamamos um horário de 'Oferta de Escola'.

Os horários de 'oferta de escola' têm um contrato diferente. Os docentes que os aceitam têm um mês para o rescindir. Ou seja, não há 'amores à camisola', se aparecer qualquer coisa melhor, no espaço de um mês, muda-se e acabou. Ora a colega que foi colocada para dar Ciências (e seriam provavelmente apenas umas 8 horas de horário, o que não deveria chegar sequer a 500€ de ordenado) vinha de Coimbra. Conseguiu ambientar-se com as turmas em termpo record e chegou até a fazer um primeiro teste sumativo com a matéria que deu em 3 semanas. Mas (há sempre um mas), ainda não tinha completado um mês de trabalho e apareceu-lhe outro horário mais perto de casa. Adeus que se faz tarde e vou partir para mais junto dos meus...

Nesta altura pode saltar a velha guarda toda em cima: -ah e tal onde é que está o profissionalismo nos jovens de hoje e a responsabilidade perante os alunos que eu também lhes poderei perguntar: -ah e tal como é que uma pessoa, hoje em dia, vive com 500€ que estiquem para pagar a 'casa número um' e mais alojamento fora da zona de residência habitual, água, luz e gaz, alimentação, deslocações locais para o emprego e viagens de regresso a casa no fim-de-semana para ver a família...

Ponto da situação: Chegamos ao final do período. Temos alunos. Não temos professor. Temos uma nota no final do 1º período dada por um professor e temos uma nota dum teste feito no 2º período por outro professor.

Ponto número dois: Os alunos são obrigados, por lei, a ter dois momentos de avalição.

Ponto número três: Para prevenir a situação de que poderá nunca chegar a vir um novo professor (ou virem mais uns 4 ou 5 e rescindirem todos o contrato antes de passar um mês) há que dar notas porque os miúdos não podem, obviamente, ficar prejudicados por uma situação que os ultrapassa e se não tiverem professor até ao final do ano esta nota do 2º período será a que re-aparecerá também como nota do 3º.

Ponto número quatro: Quem é que tem competências científicas para dar notas a Ciências? Os professores de Ciências, diriam vocês e eu!

Não, engano nosso, afinal todos temos (os Conselho Pedagógicos servem mesmo para quê?) e então eu assisti a uma das situações mais ridículas de toda a minha carreira sem sequer ter ouvido um único aluno a debitar uma linha sobre o programa de Ciências:

-Um aluno que obteve um 3 no final do 1º período e teve,
digamos, 25% no tal teste feito no 2º.
Nota final do 2º período: 3

-Um aluno teve 2 no final do 1º período e teve,
digamos, 45% no tal teste.
Nota final do 2º período: 2.

Não interessa nada se o segundo estava em recuperação e se o primeiro desceu quase para nível 1! Ah e tal, como é que era? Os meninos não podem ficar prejudicados (?????)

E pergunto eu, então e que tal se reduzíssemos a escola ao primeiro período? Os alunos adorariam porque só se teriam de empenhar para dois testes por ano. O Ministério, com certeza adoraria porque pagaria muito menos ordenados... São as maravilhas das leis nos dias de hoje.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

No segundo período

No segundo período faltei um dia.
No segundo período fiz uma greve.
No segundo período tive 11 reuniões.
No segundo período dei 20 negativas.
No segundo período trabalhei 56 dias úteis.
No segundo período escrevi 278 sumários.
No segundo período avaliei e assinei 612 desenhos.
No segundo período marquei 640 faltas...

Quantos degraus terei subido e descido, no segundo período?

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