My Cup of Tea
No ano passado, por esta mesma altura, eu estava a ler o meu 38º livro do ano. Este ano ainda vou no 22º.
Para a maioria das pessoas este balanço não faz muito sentido. Só quero esclarecer que eu não leio os livros a correr só para fazer boa figura com uma extensa lista.
Não, eu ADORO ler.
Eu mortifico-me por ter tantos livros bons à minha espera e não os conseguir devorar todos ao mesmo tempo assim como quem vai a uma festa e se serve de várias sobremesas no mesmo prato.
São tantos os que 'chamam por mim' que há dias em que aquela frase de Almada Negreiros que diz: "Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida... Não chegam! Não duro nem para metade da livraria! Deve haver certamente outra maneira de se salvar uma pessoa, senão estarei perdido"... faz mesmo muito sentido.
Sinto-me perdida pelo que ainda não li... Sinto-me mal pelo que 'ando a perder'...
No ano passado, por esta altura eu já tinha lido uns que me tinham agradado verdadeiramente. De entre os 38 que já tinha devorado eu tinha gostado MESMO de: A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Zafón; Landscape of Lies, Peter Watson; Cristo Clonado, J. R. Lankford; Favores em cadeia, Catherine Ryan Hyde; O Menino de Bruges, e O Livro de Safira de Gilbert Sinoué; O Segredo de Monalisa, Dolores García; Dead Famous, Ben Elton; O Livro das Igrejas Abandonadas, Tonino Guerra e A Mulher do Viajante no Tempo, Audrey Niffenegger.
Gostar muito de 10 entre 38 é bom, é muito bom. Trust me.
2005 foi um ano de belas descobertas quer em livros quer em autores. 'Descobri', por exemplo Gilbert Sinoué e Robert Wilson que não conhecia e cuja escrita gostei.
Até ao fim do ano ainda tive tempo para ler mais 17 de entre os quais 8 'ficaram cá dentro'. Dois autores novos por ano é bom! 18 livros em 55 é bom!
E é sobretudo esse balanço que me irrita...
Não é a questão de ter conseguido ter tido tempo para ler 55 livros (e este ano 'ir tão mal') é antes o ter encontrado tantas pérolas que este ano, por comparação, me parece 'tão fraco'.
Este ano 'ainda não me apaixonei' tantas vezes ou pelo menos verdadeiramente.
Se calhar tive a sorte de gostar de tantos no ano passado que se torna mais difícil, agora, encontrar outros. Se calhar sou eu, não são eles...
Provavelmente 'a coisa' ainda se resolverá até ao fim do ano com o que tenho para ler e, ainda por cima, aproxima-se a altura do ano em que consigo ter mais tempo para dedicar à leitura.
Eu prometo que não vou esmorecer.
2005 foi um ano de belas descobertas quer em livros quer em autores. 'Descobri', por exemplo Gilbert Sinoué e Robert Wilson que não conhecia e cuja escrita gostei.
Até ao fim do ano ainda tive tempo para ler mais 17 de entre os quais 8 'ficaram cá dentro'. Dois autores novos por ano é bom! 18 livros em 55 é bom!
E é sobretudo esse balanço que me irrita...
Não é a questão de ter conseguido ter tido tempo para ler 55 livros (e este ano 'ir tão mal') é antes o ter encontrado tantas pérolas que este ano, por comparação, me parece 'tão fraco'.
Este ano 'ainda não me apaixonei' tantas vezes ou pelo menos verdadeiramente.
Se calhar tive a sorte de gostar de tantos no ano passado que se torna mais difícil, agora, encontrar outros. Se calhar sou eu, não são eles...
Provavelmente 'a coisa' ainda se resolverá até ao fim do ano com o que tenho para ler e, ainda por cima, aproxima-se a altura do ano em que consigo ter mais tempo para dedicar à leitura.
Eu prometo que não vou esmorecer.
*suspiro* so many books, so little time...
Ah, o Jonathan Strange & Mr. Norrell, Susanna Clarke é que não me convencem a ler! Quem me conhece sabe bem que ficção demasiado científica (excluíndo Crichton) e fantasia não são bem my cup of tea.
:)
0 Sementes:
Enviar um comentário