quarta-feira, 29 de julho de 2009

Adoro o cheiro a cimento pela manhã!

Sempre me deu vontade de rir o monólogo de Robert Duvall no filme Apocalipse Now do Coppola.
Agora lembro-me dele recorrentemente porque, com a casa em obras, me dá vontade de dizer assim que acordo:
-I love the smell of concrete in the morning!
Not!




Experiências frescas...



Mousse de After Eight



1 caixa de 200gr de after eights
1 tablete de 200gr de chocolate culinário
4 ou 5 ovos
50 gr de manteiga ou duas ou três colheres de sopa de natas

Derreter a tablete com a manteiga ou as natas (em banho-maria ou no microondas), juntar os after eights e incorporar tudo.
Bater muito bem as gemas até ficarem num cremezinho esbranquiçado. Juntar-lhes o chocolate depois de um pouco arrefecido.
Bater bem as claras em castelo. Sozinhas ou com uma colher de açúcar (cá em casa gostamos dos doces pouco doces e nunca adicionamos açúcar às mousses mas, se preferirem mais doce podem ainda adicionar umas 5 ou 6 colheres de açúcar quando baterem as gemas).
Juntar as claras ao chocolate com uma colher de pau para não abaterem muito.
Levar ao frigorífico pois fresca é muito mais deliciosa.
Fica bonito servido numa taça de vidro com um ou dois after eights 'espetados' e umas folhinhas de hortelã a decorar. Delícia!

Note to self: Experimentar este recheio numa tarte, como cobertura ou em crepes acompanhados de gelado de baunilha.

terça-feira, 28 de julho de 2009

5 anos


O meu sobrinho #6 fez hoje 5 anos.
Depois do valente susto que apanhámos há 3 anos ainda cá estamos todos para contar.
O P. é um doce e, com os anitos a passar, tem-se tornado num miúdo muito mais calminho. Adoro os meus sobrinhos canochitas.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pensamento do dia


My idea of good company is the company of clever, well-informed people who have a great deal of conversation; that is what I call good company.
Jane Austen

Hoje é o meu último dia nesta escola. Vai-me custar muito despedir de algumas pessoas.
Foi um ano em que fiz boas amigas.
Obrigada por se terem cruzado com o meu caminho.

domingo, 12 de julho de 2009

O último mês...


O último mês de trabalho lectivo dos professores contratados é difícil.
O tempo é de incerteza. Certezas mesmo só o fim do contrato e do relacionamento mais próximo com quem, durante 10 meses convivemos todos os dias. Colegas e alunos.
Muitas vezes sentimos que quem não é professor não alcança até que ponto esta situação é angustiante. Já se imaginaram a mudar de emprego TODOS os anos?
Então e sentir o Agosto a chegar e nunca saber se terão emprego em Setembro? E ainda andar nessa situação aos 40? E ao fim de 10? Bom, não é? Todos os anos...
E, se e quando o emprego chega, terem de se adaptarem a novos horários, percursos diferentes, colegas diferentes, 200 miúdos diferentes, procedimentos diferentes? Não é fácil, garanto-vos. Passamos por este esforço de adaptação e, quando as coisas começam finalmente a entrar 'no eixo' é hora de despedidas.
Dizia-me o T. do 7ºA (uma das turmas mais difíceis da escola): -"Oh stôra, o ano lectivo devia ter 4 períodos porque agora que a gente se começa a entender com os professores, acaba-se!"

Habitualmente eu consigo estabelecer um relacionamento muito bom com as minhas turmas, dos mais pequeninos ao secundário. As disciplinas que lecciono também se prestam a isso. Obviamente que as relações com os alunos são diferentes pois eles também procuram coisas diferentes. Este ano, para os mais pequeninos (tive 5ºs anos) fui quase uma mãe substituta que manda lavar as mãos, ajeitar os óculos e vestir o casaco no fim da aulas no inverno ou pôr o boné no Verão. Com os 7ºs fui excessivamente atenta e preocupada pois sei que é uma idade em que se agarram ou se perdem para sempre. Com as minhas turmas do secundário posso falar de tudo e ajudá-las no que estiver ao meu alcance.

Despedir-me de todos eles é difícil, muito difícil. Se calhar tão difícil como apercebermo-nos que os nossos filhos crescem e um dia vão sair de casa. Tenho sempre a sensação de que poderia ter feito mais, ter feito melhor, abordar alguma coisa sob outro aspecto, ajudá-los de alguma outra maneira, ajudá-los a descobrirem por eles mais qualquer coisa, ter-me apercebido de algum pormenor que deixei escapar e, ao mesmo tempo, fazê-los entender que não somos super-homens e que precisamos uns dos outros. Sinto sempre que não fiz o suficiente...
Essa tarefa também não é facilitada quando eles, na sua inocência e a todo o instante, me perguntam num jeito quase afirmativo como se de outro modo não pudesse ser: -Oh stôra, vai ficar com a nossa turma p'ó ano, não vai?!
Eles querem acreditar que sim e nem 'fazem contas' que seja de outra maneira. Eu também quero acreditar que sim, que isso será possível de acontecer. Nestas incertezas nos despedimos, separando-nos com o coração menos apertado.
Até Setembro, queridos! Aproveitem as férias.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Avançar para onde?!




O ME veio hoje à boca cheia afirmar que foram colocados 30 mil candidatos nesta primeira fase dos concursos mas que ainda irá colocar mais 38 mil professores. Esqueceu-se foi de referir que esses 30 mil são maioritariamente professores efectivos que praticamente 'trocam de escola entre si'...

O que o ME também não diz é que dos cerca de 50 mil novos candidatos a vagas de quadro, só terão sido colocados cerca de 500, ou seja, cerca de 1%, ou seja, 99% dos professores que concorreram para ingressar em quadro não o conseguiram e 41% do total de docentes dos Quadros de Zona Pedagógica (que não são efectivos numa escola mas já eram afectados a uma zona) não obtiveram sequer colocação nos novos quadros criados (Quadros de Agrupamento).

O ME também se esqueceu de referir que essas futuras 38 mil colocações já não serão efectuadas em lugares de quadro mesmo que se venha provar que as vagas e as necessidades de colocação existem. Esses 38 mil, mesmo que necessários, continuarão a deambular pelo país fora nos próximos 4 anos sem poiso nem emprego certos.

Ficaram, portanto, por colocar milhares e milhares de professores QZP (que já eram efectivos numa zona Pedagógica e que agora não 'estão em lado nenhum') e de contratados que, tal como eu, são necessários mas que não conseguem ficar definitivamente em lado nenhum. Isto é mesmo só pra inglês ver ou para continuar a enganar os portugueses? Ah, já estamos em campanha!
Avançamos mesmo para onde?

Na mouche!

Stephen P. Heyneman é um professor da Universidade de Vanderbilt (Tennessee, EUA), trabalhou no Banco Mundial durante 22 anos, e, nos últimos anos tem sido consultor de Política Educativa Internacional em diversos países. Na semana passada esteve em Lisboa para falar sobre a política educativa da administração Obama e expressou esta opinião relativamente à distribuição dos computadores Magalhães no ensino público primário português:

“É um computador colorido. Gosto da sua portabilidade. O que me perturba é ter sido dado às crianças como se elas pudessem ter autonomia para trabalhar sozinhas. E os professores?”, pergunta. “Eu começaria por dar computadores aos professores para trabalharem e organizarem as suas lições. Era isso que recomendaria à vossa ministra da Educação”, responde. O que vi, no Porto ou em Lisboa, foi crianças a brincar com o Magalhães, “como se fosse uma máquina de jogos e não como se tivessem um computador para trabalhar”. “Não deve ter sido para isso que os computadores foram distribuídos. Certamente não eram esses os objectivos do Ministério da Educação, mas sim o da sua integração no trabalho escolar”...

Heyneman lembrou ainda um estudo comparativo feito na Áustria e nos EUA sobre a utilização dos computadores: Enquanto na Áustria o programa foi um sucesso porque os professores foram envolvidos e tiveram formação para aprender a trabalhar e foram eles que ensinaram as crianças; nos EUA não houve formação, nem integração no currículo e os resultados do programa não foram positivos. É em estudos como este que Portugal deveria reflectir.

Nem mais! Em poucas palavras está lá tudo.
E mais... Já diziam as professoras primárias dos meus filhos: "Todos podem pedir o computador, se o desejarem, mas os pais ficam desde já informados que nós não os exigiremos para as aulas". E isso por três motivos: primeiro porque nem a elas (nem à escola) foi fornecido algum de modo a trabalharem com ele em sala de aula. Segundo porque não receberam formação para o fazerem e terceiro porque as redes de internet das escolas não estão preparadas para se conseguir fazer a gestão dos Magalhães dentro de uma sala de aula sem interferir na gestão dos Magalhães da sala do lado. Só não vê quem não quer...
;)

Entrevista completa dada ao Jornal Público aqui.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tal como desde há 10 anos...

...colocação para mim, nesta fase, não há.
Não interessa ao Ministério se, de há 10 anos para cá, chega a Julho e eu não sei se tenho emprego no ano seguinte. ..
Não interessa se tenho "tido cabimento no sistema" nos últimos 10 anos porque, efectivamente, sou necessária... Tornar-me definitivamente efectiva é que nem pensar! Não vá daqui a 10 anos haver alguma catástrofe, não haver alunos e o estado ter o meu ordenado para pagar...
Não interessa se todos os anos eu tenho de 5 a 11 turmas, se tenho 1 ou 3 níveis, se tenho de preparar duas ou 4 disciplinas diferentes, se sou boa ou má professora...
Não posso fazer planos a longo prazo nem dizer onde estarei daqui a um ano. Sou descartável, mão de obra barata e tenho de me adaptar a tudo o que aparecer.
Enfim, aguardam-se melhores notícias lá para o fim de Agosto...
Ao menos o meu +1, professor do quadro há anos e com uma posição na lista nacional na ordem dos 200 (eu estou nos 1100), trocou de escola, como desejava.
Vai direitinho para perto do mar. Vai fazer o dobro dos Kilómetros (15! lololol) mas vejam só a vista! (a escola 'dele' é o primeiro bloco de edifícios de telhados branco-amarelados da esquerda, em baixo).
Fica em Sesimbra, 'cá em cima' o suficiente para não ter de se meter no trânsito da vila para chegar ao emprego mas fica 'lá em baixo' o suficiente para ir até à beira-mar sempre que tiver um furo...
Ah, e se olhar para cima (de onde esta foto foi tirada) ainda tem a Serra e o Castelo dos Mouros como vista.
Devia ser proibido trabalhar com esta paisagem!
;)

sábado, 4 de julho de 2009

Quase aí

O aviso de publicação das listas sairá na segunda-feira, como "anuncia" o link (ainda não vai 'dar a lado nenhum' mas, de acordo com o índice abaixo, na 2ª já dará)

O mais certo é elas aparecerem durante o fim de semana...
Nunca sou colocada nesta fase e, com cada vez menos vagas, não tenho esperança nenhuma mas estou curiosa para ver os resultados porque tenho colegas (e o meu +1) a concorrer para sair de onde estão e quero ver no que isso vai dar.
Boa sorte para todos!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

E eis quando senão...

...assim à socapa, sem se fazer avisar nem anunciar, a famosa multa de 25€ por me ter atrasado 41 segundos a submeter a declaração do IRS na internet, chega de mansinho e, se bem que sem a minha odisseia de busca de NIP-eces , acompanha-se da continuação do belo palavreado...

Multa? Não, que nós não somos desses... Antes violação de uma norma de acordo com o Artª 57 nº1 CIRS...
Pagamento da coima? Não que isso também não existe... Antes norma punitiva de acordo com o Artª 116 nº1 do RGIT...
Eu não digo que isto deixou de ser para português perceber?!
Então e faz algum sentido que cobrando mais de 60 cêntimos de multa, por segundo, o Sr. Engenheiro esteja a preparar-se para, caso ganhasse com maioria absoluta (ROTFL), acabar com os subsídios de férias e de natal? 25€ por 41 segundos não lhe chegam?!

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