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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pérolas

'De acordo com a legislação, é obrigatória a abordagem de conteúdos relacionados com a educação sexual, nas turmas do ensino secundário não devendo essa carga ser inferior a 12 horas (por ano) no caso do ensino secundário'... Ora a maioria dos professores não tem formação específica para isso (Alô? Onde estão os pais no meio deste assunto?) e os colegas do 'Projecto para a saúde' (ou qualquer outro nome que tenha noutra escola) nem sempre estão disponíveis para dar uma ajuda até porque têm igualmente de preparar e dar as respectivas aulas e não podem passar o tempo 'nesta conversa' com as quarenta e tar turmas da escola. Coo tal, à falta de melhor, muitas vezes para dar cumprimento ao tal número mínimo de horas, vêem-se filmes, fazem-se debates, etc...
Pois fiquem a saber que esta semana, no debate que se seguiu à apresentação do filme Juno, "aprendi" que os métodos mesmo, mesmo fiáveis para a prevenção de uma gravidez indesejada e de DSTs são, nada mais nada menos que a:

Abstracção e o Absentismo.

Cómico é que pensando bem no assunto, estes dos métodos até têm toda a lógica pois se duas pessoas se abstraírem muito, muito ou nem sequer comparecerem nada acontece... (pontos extra para os alunos).
Triste mesmo é saber que estas pérolas saíram das bocas de alunos do 11º ano...
Ai, life.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Menus...

-Stôôôôôra, hoje vai meeeesmo ter de nos deixar sair mais cedo!

-Como? Até parece.
-Stôra, mas hoje TEM de ser!
-Então porquê?
-Porque o almoço é perú estafado e a fila da cantina fica enoooorme.
-LOLOLOLOL O almoço é o quê?!
-Peru estafado!
-Estufado, Diogo! Estufado!
-Não sou eu, stôra, é o perú!
-LOLOLOL... Oh céus, continuemos....

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

No wonder...

Se também dou com uns Zombies destes, nas minhas aulas.
Percebem sempre tudo, nunca têm dúvidas e, depois, os trabalhos que me entregam estão precisamente como eu disse para NÃO os fazerem...
Há dias que não sei se falo português...

domingo, 12 de julho de 2009

O último mês...


O último mês de trabalho lectivo dos professores contratados é difícil.
O tempo é de incerteza. Certezas mesmo só o fim do contrato e do relacionamento mais próximo com quem, durante 10 meses convivemos todos os dias. Colegas e alunos.
Muitas vezes sentimos que quem não é professor não alcança até que ponto esta situação é angustiante. Já se imaginaram a mudar de emprego TODOS os anos?
Então e sentir o Agosto a chegar e nunca saber se terão emprego em Setembro? E ainda andar nessa situação aos 40? E ao fim de 10? Bom, não é? Todos os anos...
E, se e quando o emprego chega, terem de se adaptarem a novos horários, percursos diferentes, colegas diferentes, 200 miúdos diferentes, procedimentos diferentes? Não é fácil, garanto-vos. Passamos por este esforço de adaptação e, quando as coisas começam finalmente a entrar 'no eixo' é hora de despedidas.
Dizia-me o T. do 7ºA (uma das turmas mais difíceis da escola): -"Oh stôra, o ano lectivo devia ter 4 períodos porque agora que a gente se começa a entender com os professores, acaba-se!"

Habitualmente eu consigo estabelecer um relacionamento muito bom com as minhas turmas, dos mais pequeninos ao secundário. As disciplinas que lecciono também se prestam a isso. Obviamente que as relações com os alunos são diferentes pois eles também procuram coisas diferentes. Este ano, para os mais pequeninos (tive 5ºs anos) fui quase uma mãe substituta que manda lavar as mãos, ajeitar os óculos e vestir o casaco no fim da aulas no inverno ou pôr o boné no Verão. Com os 7ºs fui excessivamente atenta e preocupada pois sei que é uma idade em que se agarram ou se perdem para sempre. Com as minhas turmas do secundário posso falar de tudo e ajudá-las no que estiver ao meu alcance.

Despedir-me de todos eles é difícil, muito difícil. Se calhar tão difícil como apercebermo-nos que os nossos filhos crescem e um dia vão sair de casa. Tenho sempre a sensação de que poderia ter feito mais, ter feito melhor, abordar alguma coisa sob outro aspecto, ajudá-los de alguma outra maneira, ajudá-los a descobrirem por eles mais qualquer coisa, ter-me apercebido de algum pormenor que deixei escapar e, ao mesmo tempo, fazê-los entender que não somos super-homens e que precisamos uns dos outros. Sinto sempre que não fiz o suficiente...
Essa tarefa também não é facilitada quando eles, na sua inocência e a todo o instante, me perguntam num jeito quase afirmativo como se de outro modo não pudesse ser: -Oh stôra, vai ficar com a nossa turma p'ó ano, não vai?!
Eles querem acreditar que sim e nem 'fazem contas' que seja de outra maneira. Eu também quero acreditar que sim, que isso será possível de acontecer. Nestas incertezas nos despedimos, separando-nos com o coração menos apertado.
Até Setembro, queridos! Aproveitem as férias.

sábado, 18 de abril de 2009

O destino é agora...

O T. voltou à escola. Depois da ausência imposta e que calhou encostada à interrupção lectiva da Páscoa, o T. voltou para de imediato imergir numa série de provas de recuperação consequência directa das faltas.
Fez a primeira comigo. Logo na 1ª semana de aulas. Todos os professores resolveram deixar para a 2ª semana de aulas mas eu achei que era prova junta a mais e tratei logo do assunto com ele.
No mesmo dia eu tinha 4 provas para aplicar na turma, tudo devido a faltas (é uma turma que me 'deu' 42 faltas a marcar ao longo do 2º período, em 22 aulas). Só fiz duas provas. Uma aluna faltou justificadamente e outra 'não lhe apeteceu' comparecer. Essa vai 'custar-me' uma reunião extra para a reter por faltar a uma Prova de Recuperação sem justificação. A ela vai custar-lhe uma retenção garantida mas com frequência obrigatória das aulas até ao final do ano porque está dentro da escolaridade obrigatória. Coisa agradável... ter de comparecer a mais dois meses e meio de aulas sabendo de antemão que não vai passar de ano. Decisões inteligentes...
O T. não, ele veio e ficou Aprovado. Fiquei contente. Gosto deste miúdo.
O ano está mais que comprometido para ele. Com 10 negativas não vai a lado nenhum mas temos uma combinação os dois. Ele veste-se de preto mas eu sou a ovelha negra dele. Na minha aula, ele trabalha e é provável que até tenha positiva do 3º período. Deve ser a única mas é um objectivo para este ano. Pode ser que ele ganhe alguma motivação que ajude o ano que vem a ser melhor.
Ele tem ainda uma série de provas para realizar nas outras disciplinas. Espero que compareça a todas já que, mesmo que não seja aprovado a alguma, isso vai evitar-lhe um destino ainda mais marginal do que o que sobrevive todos os dias (e a nós, relatórios para a CPCJ)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

No segundo período

No segundo período faltei um dia.
No segundo período fiz uma greve.
No segundo período tive 11 reuniões.
No segundo período dei 20 negativas.
No segundo período trabalhei 56 dias úteis.
No segundo período escrevi 278 sumários.
No segundo período avaliei e assinei 612 desenhos.
No segundo período marquei 640 faltas...

Quantos degraus terei subido e descido, no segundo período?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ressaca pós mini-férias...



HELP! Mas quem foi a bendita Alma que resolveu 'dar-me' dois 5ºs anos...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pérolas

Por ocasião da comemoração dos 200 anos sobre o nascimento de Charles Darwin, o Departamento de Matemática e Ciências Experimentais realizou, no dia 12 de Fevereiro, uma série de actividades na escola. Não foi, por isso, muito difícil perceber onde o M. queria chegar quando me perguntou:
-Stôra, já foi ver a exposição do Darling?
-Já vou, querido, já vou...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Conversa de corredor

Ontem a subir a escadas até à C302 de telemóvel na mão dou conta duma "sombra" demasiado perto de mim. Eu que sou muito ciosa do meu espaço pessoal olhei para ver quem me seguia tão atentamente e dou de caras com a J., de boca aberta...
-Oh setôra, não tem vergonha de escrever mensagens no telemóvel tão depressa como nós?!
-E com as duas mãos?! Onde é que já se viu?!
Ganhei 400 anos logo ali. Ao que parece os professores não podem ter determinadas "competências"...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Quantos seremos?

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.

Miguel Torga
Alun@ querid@:
Contra a minha vontade, faço Greve. Preferia não fazer! Não gosto de fazer Greves! Mas este momento é importante para os Professores porque eles estão a lutar por uma Escola melhor. Ao contrário do que se diz, não pedem mais salário nem regalias, só pedem uma Escola melhor. Os Professores esperam recuperar a sua dignidade e, por isso, fazem Greve. Eu faço Greve!
Tu sabes que tenho dado o máximo e que vos trato bem. Preferia estar convosco a fazer greve mas estou cansada. Cansada de ser tratada com desconsideração, como se fosse uma mandriona e irresponsável. Agora, depois de tantos anos de trabalho, é que tenho de provar que sou um bom Professor, que não falto, que vos acompanho no que precisam, sempre e sempre disponível. Deixei de ter palavra nos Órgãos da Escola; sou olhado na rua como um preguiçoso, como alguém que não quer trabalhar.
Sim, faço greve.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Comparações...

Acho muita piada que para se avaliarem os professores se tenha ido copiar um modelo Sul Americano (Chile) mas que para se falar de avaliação de alunos (mais propriamente com o fim das retenções dentro da escolaridade obrigatória) se vá pegar em modelos do norte da Europa (Finlândia)...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pérolas #2

A Terra vira-se nela mesma,
e esse difícil movimento chama-se arrotação.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Pérolas #1

O cérebro humano tem dois lados,
um para vigiar o outro.

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