segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Quantos seremos?

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.

Miguel Torga
Alun@ querid@:
Contra a minha vontade, faço Greve. Preferia não fazer! Não gosto de fazer Greves! Mas este momento é importante para os Professores porque eles estão a lutar por uma Escola melhor. Ao contrário do que se diz, não pedem mais salário nem regalias, só pedem uma Escola melhor. Os Professores esperam recuperar a sua dignidade e, por isso, fazem Greve. Eu faço Greve!
Tu sabes que tenho dado o máximo e que vos trato bem. Preferia estar convosco a fazer greve mas estou cansada. Cansada de ser tratada com desconsideração, como se fosse uma mandriona e irresponsável. Agora, depois de tantos anos de trabalho, é que tenho de provar que sou um bom Professor, que não falto, que vos acompanho no que precisam, sempre e sempre disponível. Deixei de ter palavra nos Órgãos da Escola; sou olhado na rua como um preguiçoso, como alguém que não quer trabalhar.
Sim, faço greve.

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